domingo, 5 de setembro de 2010

Ministros x ministro

Em nenhuma outra eleição nesse país o cargo de ministro foi tão discutido. Isso se deve ao fato de que vamos eleger Dilma Roussef como presidente do Brasil pelo seu trabalho no Governo Lula, onde exerceu a função de Chefe da Casa Civil, ou seja, era a responsável pela coordenação de todos os ministérios. A eleição para Governador de Minas Gerais também é pautada no desempenho dos candidatos quando exerceram a função de Ministro. É um embate entre Hélio Costa e Patrus Ananias, que foram ministros do Governo Lula, e Antônio Anastasia, ex-ministro do Governo FHC.

Um Ministro de Estado tem a função de desenvolver estrategicamente uma área de interesse da nação como saúde, educação, trabalho ou transportes. Tudo isso deve ser feito juntamente com o poder executivo. Vamos conferir quem fez bem e quem fez mal o seu papel?


Hélio Costa foi Ministro das Comunicações de Lula de 2005 a 2010. Indicado pelo seu brilhante papel como jornalista, Hélio foi um ministro elogiado por suas realizações e projetos. Desenvolveu o programa "Banda Larga nas Escolas", maior projeto de inclusão digital da América Latina, permitindo o acesso gratuito de milhões de crianças e jovens ao mundo de informação, educação e cultura disponível na Internet. Hoje, 84% dos alunos de ensino básico do Brasil podem acessar a internet graças ao trabalho de Hélio como Ministro. Cabe a ressalva, Minas Gerais é o Estado com mais escolas conectadas à rede mundial de computadores. Foi o Ministro Hélio Costa também que desenvolveu o Sistema Internacional de TV Digital, que vem revolucionando o modo de ver TV no Brasil.


Quando se pensa em Patrus Ananias como Ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome associa-se logo a sua maior realização: o Bolsa Família. Programa social de maior aprovação na História do Brasil, o Bolsa Família foi o carro chefe de seu ministério. Patrus garantiu os direitos sociais para todos, por meio de políticas públicas institucionalizadas, criando de forma inédita no Brasil uma efetiva rede de proteção e promoção social. Além do Bolsa Família, desenvolveu o Sistema Único da Assistência Social (SUAS), a criação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN) e a obtenção da marca de cerca de 2.300 Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) em funcionamento em todo o país.

Dois baita ministros.

Agora vejamos o outro lado. Antônio Anastasia foi durante muito tempo, Secretário Geral do Ministério do Trabalho de FHC, chegando a assumir interinamente o cargo de ministro. É só apertarmos a memória um pouco para recordar que o governo de Fernando Henrique Cardoso ficou conhecido por ser o período de maior estrago nas relações de trabalho em toda vida republicana brasileira.


Segundo estatísticas do IBGE, ao fim de 1994, 4,5 milhões de trabalhadores eram desempregados no país, 6,1% da força de trabalho no país. Ao término do primeiro mandato de FHC, em 1998, o desemprego atingia 7 milhões de brasileiros – 9,2%. Já em 2000, último ano das informações oficiais do IBGE, atingia 11,5 milhões de trabalhadores, próximo à explosiva taxa dos 15% da População Economicamente Ativa. Ou seja: um milhão de desempregados a mais para cada ano de Governo FHC e de Anastasia dedicado a labuta no Ministério do Trabalho. Esta aí a tal competência administrativa? A corrosão dos salários, explosão da informalidade , e o desmonte trabalhista fazem parte do legado de Anastasia e FHC para o Brasil.

São Ministros e ministro. Tem comparação?

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