Pouco se fala, pouco se escuta da candidatura peessedebista ao Governo de Minas quando o assunto é um dos problemas sociais históricos brasileiros: a discriminação racial.
Velada, escondida e muitas vezes não reconhecida pelos próprios agentes a discriminação racial é um problema que vai muito além da questão pessoal do discriminado. É um problema social que necessita de políticas públicas, sob várias óticas e diferentes abordagens, e que só um governo preocupado com a questão é capaz de fazer.
Agora, voltando ao que foi falado no início, nos resta perguntar o porquê de essa questão ser tão pouco abordada pela candidatura do PSDB ao Governo. É pouco falada para não se comparar.
Assim como em todas as questões sociais, a discriminação racial ficará de lado em um Governo de Antônio Anastasia. Já Hélio Costa e Patrus Ananias já demonstraram seu interesse pela questão em Minas Gerais.
Essa semana em Uberlândia, Hélio Costa prometeu criar em seu governo a Secretaria de Estado de Igualdade Racial. O modelo e a inspiração de Hélio vem de cima e vem bem feito, já que o Presidente Lula tem como mérito ser o Presidente que mais cuidou da questão, criando uma Secretaria para a Igualdade Racial que fundamentou políticas públicas para o combate ao racismo, como a concessão de bolsas de Mestrado e Doutorado para o apoio à produção científica de estudantes negros. Além disso atuou em outros setores, como na educação, onde uma das primeiras medidas do governo Lula foi sancionar a Lei 10.639, alterando a Lei e as Diretrizes Básicas da Educação nacional para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade do ensino da Historia e Cultura Afro Brasileira e da África. .
Para Patrus Ananias, ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combata à Fome, a questão racial já era preocupante muito antes de Lula ser eleito. E além de se preocupar, Patrus atuava no problema. Desenvolveu, ainda em sua gestão como prefeito de Belo Horizonte, o programa "Oportunidades Iguais para Todos", entre 1994 e 1997, ainda quando vivíamos sob as mazelas sociais de um governo federal neoliberal do PSDB. Já na aquela época Patrus conseguiu desenvolver estratégias anti-racistas na educação e identificar práticas discriminatórias contra negros e mulheres no funcionalismo público municipal. O saldo mais positivo do projeto foi a capacitação de professores para lidar com a questão.
A comparação nos mostra a diferença e essa diferença é gritante. O que nos resta agora é a escolha. E a escolha vai além do cidadão que sente na pele a discriminação racial. É uma escolha para todos aqueles que se preocupam com uma sociedade justa e igualitária.
De que lado você samba? Do lado de um governo que se preocupa com as questões sociais seja no passado, no presente, ou no futuro ou do lado de uma proposta governista que não se interessa por elas seja lá em que tempo for?
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