Quando se fala em investimento social, há que se pensar duas áreas de atuação: uma delas são os programas de distribuição de renda e de melhoria da condição de vida, a outra é a melhoria dos serviços públicos básicos. Durante muito tempo, se considerou que a educação, por exemplo, gerava um alto gasto para os governos e, por isso, presidentes e governadores passaram para a iniciativa privada a responsabilidade de gerir o ensino. Os resultados foram catastróficos. Em 2002, o percentual de universidades particulares no Brasil atingiu o ápice: 88,1%. E nesse contexto, surgiram cursos de má qualidade e com mensalidades exorbitantes.
A guinada se deu no Governo Lula, que viu na educação um investimento e não um gasto. O Estado então volta a investir e, depois de quase uma década, volta a criar universidades federais. Não apenas uma: doze! Paralelamente foram ampliadas as vagas públicas, criou-se o Prouni, o Fundep e uma série de outras políticas para melhorar o ensino público e promover inclusão social.
O Governo Federal fazendo a sua parte, é hora do Governo Estadual também fazer. No ano passado, Minas Gerais respondeu à crise econômica mundial com um corte no orçamento da Secretaria de Educação de R$2.490.000,00 para R$1.990.000,00, portanto de 20%. A construção de uma educação de qualidade e inclusiva exige uma postura diferente. Requer compreender a reivindicação dos professores das escolas estaduais de Minas Gerais por um salário digno. Requer mais investimentos para a UEMG e a Unimontes, universidades públicas de Minas Gerais, que tem recebido pouca atenção. Requer equipar nossas escolas básicas com tecnologia da era digital.
O compromisso de Hélio Costa é de encarar a educação como um investimento. Mais jovens estudando, significa mais jovens se qualificando, mais pessoas no mercado de trabalho e mais dinheiro movimentando economia. Minas Gerais precisa acompanhar o Brasil da era Lula e também se constituir num investidor da educação!
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